segunda-feira, 4 de maio de 2009

A DOR DA PERDA PELA MORTE.

Eu já perdi meu pai e alguns parentes, mas nada é mais difícil para uma mãe que perde um filho e também para um filho que perde uma mãe. De um jeito ou de outro, a morte deixa marcas para o resto da vida: a saudade, a lembrança.
Na minha família, a pessoa mais chegada que faleceu há uns meses atrás foi uma tia bem idosa (98 anos) e o meu cunhado, casado com uma de minhas irmãs. Algumas vezes, conversando com ela por telefone eu perguntava por ele como se ainda estivesse entre nós. É estranho, mas a presença da pessoa que partiu – dependendo do relacionamento que havia – permanece.
Se isto acontece com um familiar, eu fico imaginando a dor principalmente de uma mãe que perde um filho (a), ou de um filho (a) que perde a mãe, o pai; não é nada fácil.

Neste final de semana, uma irmã muito querida em nossa igreja perdeu sua mãe que foi um exemplo de mulher na obra do Senhor. Foi também uma mãe e avó extraordinária. Hoje, quando ela foi à reunião de oração, podia-se perceber a necessidade que ela transmitia de algo que pudesse preencher a ausência da sua querida mãe.
Para quem está ali ao lado da pessoa tentando “consolar” é muito difícil, pois as palavras nesta hora somem; mas sempre tem aqueles que encontram uma mensagem bíblica correta e dizem: Isto vai passar, ela está com o Senhor; não chora não.
Diante disso eu lembrei de uma mensagem que eu ouvi num culto fúnebre e que no final o pastor disse:
Eu sei o que é a dor da morte, pois num curto espaço de tempo eu perdi meu filho, um irmão querido e por fim minha esposa. Confesso que é uma dor irreparável. Para concluir ele disse: Deixe a pessoa chorar, não pensem que isto é errado na vida daquele que tem Jesus.
Segundo a Bíblia, no Salmo 116. 15 está escrito:

“Preciosa é à vista do SENHOR a morte dos seus santos.”

A morte daquele que parte com Jesus é preciosa para Deus, pois é ELE mesmo quem chama os Seus para estar com ELE na glória. Sabemos que isto é maravilhoso; mas para nós, por mais que tenhamos este entendimento e aceitemos como verdade, a dor da separação permanece. Eu entendo que esta é uma dor que Deus abranda, mas não tira, pois a morte é uma realidade em cada um de nós. É uma experiência pela qual vamos todos passar e que nem mesmo a volta de Cristo nos impedirá de passar por ela (1 Ts 4. 13-18).

Edécio Augusto.

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