quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

“DIREÇÃO" BÍBLICA?

Recentemente sentei numa reunião onde a maioria fria e
deliberadamente violou um contrato verbal e roubaram assim valores no total
de meio milhão de dólares. Todos eles professavam ser cristãos! Dois de nós
protestaram veementemente, mas em vão.
Cada vez que a questão moral é levantada, alguém afirma que está
buscando “direção bíblica” à medida que procede em seu percurso
pecaminoso.
Essa frase sozinha já é uma bandeira vermelha pra mim, e pode com
freqüência ser uma advertência de hipocrisia e engano. O Senhor nos dá
direção divina em sua Palavra. Sua lei moral é clara e francamente declarada.
Contornar os mandamentos de Deus em nome de alguma direção “superior”
significa justificar um curso de ação obviamente condenado pela Escritura.
Aqueles que querem realmente a direção divina recebem-na de sua Palavra,
claramente escrita para todos ler.
Aqueles que querem contornar a Palavra de Deus com freqüência
recorrem a uma direção “divina” conhecida apenas por eles. Um cristão leigo
admirável me disse ontem que, quando ouve tal conversa sobre direção
“divina” à parte da Escritura, ele espera que a voz a seguir seja do diabo. Eu
posso crer nisso!

Lembro de uma jovem mãe que tentou justificar deixar seu marido por
um homem casado (que tinha abandonado sua família) dizendo que ela tinha
buscado a direção “divina” antes de tomar a decisão. Eu lhe disse que os Dez
Mandamentos deveriam ser consultados para buscar direção divina sobre o
assunto.
A Bíblia fala a tudo da nossa vida. O Senhor deixa claro por toda a
Escritura o que ele requer de nós. Somos clara e ricamente guiados. A questão
é esta: obedeceremos? Seremos guiados?
Pecar é algo suficientemente perverso, mas contornar a Palavra de
Deus e chamar os nossos desejos pecaminosos de direção divina pode apenas
multiplicar o pecado. Da próxima vez que alguém afirmar ter recebido
“direção divina”, pergunte onde ele a conseguiu na Bíblia. Se não tiver
autoridade bíblica, sua direção não é de Deus.

Rev. Rousas John Rushdoony
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto

Fonte: Texto original publicado no California Farmer, v.243, n.2, 9
agosto 1975, p. 33.

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