sexta-feira, 13 de março de 2009

A VERDADEIRA CURA DIVINA.

É razoável e justa a preocupação pela cura dos males físicos. Jesus imprimiu em Seu Ministério Público a preocupação pelos enfermos e a tantos miraculou. A quantos paralíticos deu o caminhar! A quantos cegos recobrou a visão! A quantos curou!


Deus, em Seu Maravilhoso Poder, atribuiu poder curativo a muitas plantas, a muitos sais minerais, a muitos produtos da natureza. Concedeu ao Homem a inteligência para se dedicar em descobrir recursos capazes de lenir-lhe as dores.

Deus, o nosso Supremo Criador, se revela interessado na cura do corpo humano, combalido pelo pecado, por ser ele o relicário da alma.

O corpo integra a personalidade do Homem. Em conseqüência, ele participa dos benefícios da Redenção. E participará supremamente com a sua ressurreição.

Agora, para que esta magnífica realidade aconteça, é preciso que desde já a alma do Homem pecador seja curada.

Curada da pior de todas as doenças, que é o PECADO.

Sublata causa, tollitur effectus (removida a causa, cessa o efeito), é o princípio lógico transformado em aforisma.

Patenteia-nos a evidência, portanto, á remoção das enfermidades quando o pecado é extinto.

Como terrível lepra da alma, o pecado causa ao corpo profundo e trágico desequilíbrio. Desequilíbrio a culminar com a morte.

“Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e PELO PECADO A MORTE, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram” (Rom. 5:12).

Enganam-se as pessoas mui preocupadas com o lenir os seus males físicos, esquecendo-se de procurar sua salvação espiritual.

De certa feita, revela-nos Mar. 2:1-12, puseram, após uma peripécia, um pobre paralítico na presença de Jesus. Voltando-se para ele, disse-lhe o Redentor:

“Filho, perdoados estão os teus pecados” (vs. 5).

Fora ele buscar energias para suas pernas atrofiadas. Cura-lhe Jesus a alma do pecado, por lhe ser a causa do grande mal e, como resultado, revitalizaram-se-lhe as pernas.

Jesus Cristo, quando em carne, neste mundo propiciou a cura de muitas enfermidades. Realizou prodígios e maravilhas espetaculares sobre as forças da natureza.

Aliás, o milagre, milagre mesmo, legítimo, autêntico, só Jesus faz. O diabo não pode fazê-lo. Nenhum médium, nenhum “santo”, nenhum mistificador o faz.

Quero ver a Senhora Aparecida ou qualquer dessas “se¬nhoras” colocar uma perna de ossos, nervos e carne no lugar de uma amputada!!!

Quero ver um médium espírita instalar no lugar de um vazado, um olho bom!!!

Zé Arigó arrancou catarata dos olhos de alguns, mas nunca - JAMAIS!!! - ele recuperou uma vista prejudicada por lhe haver secado o nervo ótico!!!

Quando era vigário em Guaratinguetá, uma jovem senhora, professora, de família abastada, católica fervorosa, defrontou-se com um terrível problema. Sentia enfraquecer-lhe rapidamente a visão. Procurou um especialista de olhos. Feitos os exames solicitados, constatou-se a causa do sintoma. Secava-lhe lentamente o nervo ótico. Submeteu-se a senhora a todos os tratamentos. Recorreu a muitos médicos. Após haver feito e cumprido promessas aos “santos” de sua devoção, frustrada em todas as ten¬tativas, procurou-me para me expor sua última esperança: ir consultar a Zé Arigó, cuja fama enchia o mundo.

Acompanhei-a e a seu marido a Congonhas do Campo.

Zé Arigó, capaz de extrair catarata, foi um fracasso no caso dela. Ao ser informado da gravidade do problema, esquivou-se, deu um punhado de desculpas, choramingou… E ficou no vamo-vê…

Desesperançada regressou para casa a jovem senhora. Se¬manas depois entrou irreversivelmente nas trevas da cegueira.

Por que não a curara Zé Arigó?

O Milagre - o milagre autêntico, verdadeiro, o milagre, milagre mesmo - nem a Senhora Aparecida, nem os padres milagrentos, nem os mistificadores da “oração-da-fé”, nem Zé Arigó, nem “santo” algum faz.

Nem a sugestão!

Nem o diabo!!!

O milagre autêntico, verdadeiro, só Deus faz.

Jesus faz por ser Ele Deus. Aleluia!!!

O próprio Nicodemos, doutor da Lei, reconheceu-Lhe a origem divina à vista dos Seus sinais.

Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus: porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele (João 3:2).


Fez Ele muitos e estupendos milagres. E continua a fazê-los. Qual é o crente nEle que já não teve experiências gloriosas da manifestação do Seu Poder?

Por isso, nós, Seus servos, nos valemos dEle, mas sempre firmados incondicionalmente na Bíblia, a Palavra de Deus. Dentre Seus inauditos e admiráveis portentos não sei qual é o maior; se a multiplicação dos pães para a grande multidão (cf. João 6:1-13), ou a assombrosa ressurreição de Lázaro, morto há quatro dias (cf. João 11:1-45).

Mas, de uma coisa eu sei: o perdão dos pecados é o mais insólito milagre. Infinitamente superior ao da multiplicação dos pães, porque aqueles que os comeram, depois tiveram de novo fome. Infinitamente superior ao da ressurreição de Lázaro porque, posteriormente, Lázaro tornou a morrer. Infinitamente superior porque livra a pessoa perdoada da condenação eterna.

O Seu perdão é um milagre infinitamente superior a todos os de ordem física e natural, porque é absoluto. Pleno. Definito. Irrevogável. E de repercussões eternas!

Nenhuma religião faz este prodígio. Esta maravilha.

Nenhuma religião perdoa pecados. Nenhuma!!!

Nem o espiritismo e nem o umbandismo, que apelam, como fajuta válvula de escape, para a reencarnação.

Nem o catolicismo que, no seu rotundo fracasso, recorre à burla do purgatório, “a cozinha dos padres”, como eles próprios o classificam.

Fui sacerdote católico romano por mais de 15 anos. E dentre minhas atividades sobressaía-se a do confessionário. Ouvi centenas e centenas de milhares de confissões. Houve dias de permanecer 14 ou 15 horas dentro de um confessionário.

Pessoas de todas as idades, de todas as categorias sociais, de todos os níveis intelectuais prosternaram-se aos meus pés declarando-me seus pecados no anseio de encontrar perdão.

Quantas vezes misturei minhas lágrimas com as lágrimas dos meus aflitos penitentes.

Com minha consciência perante Deus declaro com absoluta convicção: jamais algum dos meus confessandos saiu do meu confessionário seguro do perdão pleno. Nunca!!!

Só ao me recordar disso, sinto-me invadido por profunda emoção e imensa piedade de todas aquelas pessoas.

No seminário católico o padre aprende, todavia não ensina ao seu povo - e, se ensinasse, ninguém mais o procuraria em confissão - o padre aprende que no confessionário ele pode perdoar só a culpa ou a malícia do pecado. Ele não pode perdoar a pena ou o castigo devido ao pecado.

Embora perdoado da malícia, o penitente deve satisfazer pelos seus pecados confessados ao sacerdote com rezas, penitências e boas obras. E as sobras desse débito ele as pagará com inenarráveis sofrimentos nas chamas do purgatório.

O perdão do padre é um meio-perdão. E meio-perdão é logro.

O perdão, ou é pleno ou não existe.

Afirmam muitas pessoas ressentidas: perdôo mas não esqueço.

Se não esquecem é porque não perdoam.

O perdão de Deus, contudo, é pleno. Completo. Definitivo. Absoluto. Irreversível.

Àqueles que, pela fé, aceitam a Jesus Cristo como Único e Todo-Suficiente Salvador, segundo as Santas Escrituras, Deus promete e garante:

E jamais me lembrarei dos seus pecados e das suas iniqüidades (Heb. 10:17).

Já através do Seu servo do passado mui antigo, com solene ênfase, asseverava o Senhor:

Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados me não lembro (Isa. 43:25).

É a resposta misericordiosa do Amor Infinito ao salmista contrito:

Não te lembres dos pecados da minha mocidade, nem das minhas transgressões (Sal. 25:7a).

Deus é onisciente. Ele conhece, num só tempo, todas as coisas do passado, do presente e do futuro. Em Deus, aliás, não há o pretérito e nem o porvir. Em Sua eternidade, tudo é um perene presente.

Para nos significar como é definitivo o Seu perdão, porém, afirma que se esquecerá dos nossos pecados se satisfizermos a única condição de, arrependidos, aceitarmos pela fé - exclusivamente pela fé, sem, portanto, o concurso das obras - a Jesus Cristo como ÚNICO e TODO-SUFICIENTE, EXCLUSIVO e ETERNO SALVADOR.

Por meio de Isaias, no propósito de nos revelar a absolutidade do Seu perdão, garante:

Desfaço as tuas transgressões como a névoa, e os teus pecados como a nuvem (Isa. 44:22).

Só Deus pode apresentar-nos tão inefável promessa porque só Ele pode perdoar pecados.

Quando Jesus disse àquele paralítico: “Filho, perdoados estão os teus pecados”, os Seus adversários zombaram dEle. Dentre as zombarias, contudo, proclamaram uma grande verdade: “Quem pode perdoar pecados, senão Deus? ” (Mar. 2:7).

E, para provar-lhes o Seu Poder Infinito de perdoar pecados, como Deus, disse-lhes:

“Qual é mais fácil? dizer ao paralítico: Estão perdoados os teus pecados; ou dizer-lhe: Levanta–te, e toma o teu leito, e anda? Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra poder para perdoar pecados (disse ao paralítico), a ti te digo: Levanta-te, toma o teu leito, e vai para a tua casa” (Mar. 2:9-11).

Em cada prodígio realizado por Jesus há um sinal, um ensinamento. Quando multiplicou os pães para a grande multidão, de resto, recriminou-a por deixar de reconhecer o estupendo sinal no portento (cf. João 6:26).

O milagre da cura do paralítico, portanto, oferece séculos em fora o precioso sinal do Poder Divino de Jesus Cristo de perdoar pecados. De realizar o maior de todos os prodígios, qual seja o do perdão pleno, definitivo, irrevogável e absoluto dos pecados.

A humanidade como nunca precisa da CURA DIVINA porque, como nunca padece as conseqüências do pecado.

Os médicos mais procurados são os psiquiatras, os neurologistas, os analistas, os psicólogos. Jamais em outro tempo os homens padeceram de tão graves distúrbios e desequilíbrios emocionais. Nunca houve tanta insônia. Tanta angústia. Tanto desespero.

Os tranqüilizantes, os psicotrópicos são consumidos em escala alarmante e ascendente.

E quanto mais a pessoa se vale desses recursos, mais decep¬cionada se torna. Aflige-se cada vez mais. Porque todos esses meios são ineficazes.

De nada vale ao homem o sofá do analista. De nada lhe vale o eletrochoque. De nada lhe vale a sonoterapia. Jamais encontrará tranqüilidade nos frascos de comprimidos.

A raiz de todos esses males é o pecado que os “entendidos” chamam de complexo de culpa porque “não querem dar o braço a torcer” ao chamar pelo nome verdadeiro de pecado desgraça tamanha.

E só Quem pode eliminar, extirpar, arrancar esse maldito câncer espiritual do coração humano é Jesus Cristo, cujo Sangue nos purifica, nos purga, nos lava de todo pecado (cf. I João 1:7).

*

Se ao terminar este livro, esclarecido, o leitor arrepender-se e aceitar pela fé a Jesus Cristo como o seu Único e Todo-Suficiente Salvador, receberá em seu coração a genuína CURA DIVINA com o perdão de todos os seus pecados. E, convicto desse perdão, passará a gozar da certeza absoluta, inabalável, de sua salvação eterna, consoante a gloriosa promessa do Redentor: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16). “Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado” (João 3:18a).

Fonte: Milagres e Cura Divina (1975), Dr. Anibal Pereira Reis, Edições Caminho de Damasco.

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